Pandemia da Covid-19 no contexto de desigualdade regional
Giliad de Souza Silva
Doutor em Ciências Econômicas
Instituto de Estudos em Desenvolvimento Agrário e Regional
Pesquisador do “Grupo de Estudos: Política, Economia e Dinâmicas Minerarias” - GPEM
Coordenador do “Laboratório de Contas Regionais da Amazônia” - Lacam
Resumo
O mundo hoje vive uma diferente realidade, com a disseminação de um novo coronavírus, o Sars-CoV-2. Este vírus criou uma nova doença para os seres humanos, a Covid-19, e tem apontado para saúde pública dos países uma exigência descomunal. Está sendo cobrado leitos de UTIs, testes de diagnóstico de doenças, equipamentos de proteção individual, equipamentos hospitalares, dentre outros. Mesmo tendo origem no interior da China, com alertas feitos ainda no final de dezembro de 2019, houve uma rápida disseminação para o mundo, alçando o patamar de pandemia, em 11 de março de 2020, conforme a Organização Mundial da Saúde. E as exigências para o sistema de saúde para o resto do mundo deu-se de modo similar. Não seria diferente para o Brasil, a região Norte ou o estado do Pará. Olhar para a ocupação dos leitos pode indicar o nível desta exigência.
Uma previsão elaborada por pesquisadores da Unb e Fiocruz, indicou que em 11 de maio de 2020 a capacidade das UTIs do Pará entraria em colapso, isto é, chegaria a 100% de ocupação. Em 15 de abril de 2020, o estado noticiava que tinha apenas 16 leitos de UTI vagos para tratamento da Covid-19. Em 20 de abril, o município de Belém registrou que já está com 100% de ocupação das UTIs, ao mesmo tempo que o estado de Pará registrava 97% de ocupação. Isto deixa evidente que, além dos hospitais de campanha entregues e em previsão de entrega pelo Governo do Estado, há ainda muitas ações necessárias. Neste curto texto apresentaremos algumas reflexões que podem auxiliar na construção de propostas nesse contexto de desigualdade regional.
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